Diário Espiritual

Quando alguém sofre uma derrota ou enfrenta uma queda, é comum ver celebração, como se a dor alheia fosse uma vitória pessoal. Mas isso não fala sobre justiça, fala sobre o estado do nosso coração.

Opiniões diferentes poderiam ser uma oportunidade de crescimento. Quando alguém enxerga o mundo de um jeito oposto ao meu, essa diferença poderia me ajudar a refletir, a escutar mais, até a rever certezas. Mas quando passo a ver essa diferença como ameaça, e desejo o mal do outro só porque não pensa como eu, já não estou diante de ideias, estou diante de uma ferida espiritual.

Não é sobre concordar com tudo. Divergir faz parte da vida, e até é saudável. O problema é quando a discordância se transforma em ódio. Quando deixamos de enxergar a centelha divina que habita no outro, e passamos a reduzi-lo a um rótulo, a um erro, a um lado oposto.

Jesus não nos chamou à uniformidade. Ele nos chamou ao amor. E amar, nesse contexto, é muito mais difícil do que parece. Amar não significa apagar diferenças, nem fazer de conta que tudo é igual. Amar é não transformar a diferença em arma. É não permitir que a discórdia se torne desejo de destruição.

Isso pede de nós um trabalho silencioso: aprender a olhar além do que nos fere, a orar até por quem nos desafia, a não se alegrar com a dor alheia. Esse é o exercício mais duro, mas também o mais libertador.

A espiritualidade floresce não quando todos pensam do mesmo jeito, mas quando conseguimos manter o coração inteiro mesmo diante da discórdia.

A fé amadurece quando o amor fala mais alto que a disputa.

Luh Oliveira

Luh Oliveira, escritora, estrategista de marketing e produtora de conteúdo. Apaixonada por espiritualidade e desenvolvimento pessoal, une sua experiência em pesquisa científica, comunicação e reprogramação mental para inspirar transformação.

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