Diário Espiritual

Enquanto isso não acontece, o passado continua sendo um quarto fechado onde a dor se repete. Cada lembrança vira um eco, trazendo medo de reviver o que já foi, ou a sensação de que tudo que veio depois foi estragado pelo que aconteceu lá atrás.

O perdão não é dizer que foi bom, nem fingir que não doeu.

Perdoar é dizer: “Chega. Isso me afetou até aqui, mas não vai mais decidir a minha vida.”

É deixar de carregar o peso do que já não pode ser mudado, sem negar que existiu.

Quem perdoa não esquece. Mas passa a contar sua própria história de um jeito diferente.

A lágrima antes inevitável se transforma em serenidade. A voz antes embargada ganha leveza.

É como se a dor, ao ser atravessada, perdesse a força de prender e se tornasse apenas parte do que nos formou.

O passado não muda. Mas o modo como o carregamos pode mudar.

E é isso que liberta: deixar que o perdão transforme uma memória de dor em uma lição de vida.

Perdoar é aprender a dizer: doeu, mas já não me prende mais.

Luh Oliveira

Luh Oliveira, escritora, estrategista de marketing e produtora de conteúdo. Apaixonada por espiritualidade e desenvolvimento pessoal, une sua experiência em pesquisa científica, comunicação e reprogramação mental para inspirar transformação.

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