Diário Espiritual

Aparências enganam: por trás de uma foto bonita pode haver noites mal dormidas; por trás de conquistas pode morar o medo de não dar conta; e até em dias aparentemente tranquilos pode existir um vazio que ninguém enxerga.

Isso não é fraqueza, é humanidade.

Ninguém atravessa a vida imune às pressões, às comparações, às dores que o mundo insiste em impor.

Mas existe uma diferença entre sentir e se perder no que se sente.

Jesus, quando esteve entre nós, também viveu momentos de angústia.

O Evangelho conta que, no Getsêmani, antes da crucificação, Ele se sentiu profundamente triste e aflito. Chegou a pedir: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice.”

Isso nos mostra que até o Mestre conheceu a dor da alma cansada.

Mas em seguida Ele acrescentou: “Contudo, seja feita a Tua vontade.”

Entre o peso e a confiança, Ele escolheu descansar em Deus.

Esse gesto simples nos ensina muito.

Não é negar o sofrimento, mas entregar o coração àquilo que pode sustentar.

Quando reconhecemos nossa fragilidade e, ao mesmo tempo, nos abrimos para ser cuidados, o fardo fica mais leve.

A paz não aparece de repente, como quem resolve tudo de uma vez.

Ela nasce de escolhas pequenas: dormir mais cedo, se afastar do que adoece, falar com alguém de confiança, permitir-se descansar sem culpa.

São atitudes simples, mas que nos lembram que não precisamos carregar tudo sozinhos.

Porque ser humano é sentir, e cuidar-se é não se abandonar em meio ao que se sente.

Não é sobre ter uma vida perfeita, mas sobre aprender a se acolher mesmo nos dias imperfeitos.

Luh Oliveira

Luh Oliveira, escritora, estrategista de marketing e produtora de conteúdo. Apaixonada por espiritualidade e desenvolvimento pessoal, une sua experiência em pesquisa científica, comunicação e reprogramação mental para inspirar transformação.

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