Diário Espiritual

Às vezes, o coração tenta nos convencer do contrário, principalmente nos dias em que a dor parece incomunicável, como se ninguém fosse capaz de entender. Mas basta um gesto de abertura, uma palavra honesta, para descobrirmos que outros também carregam dilemas parecidos.

Compartilhar vulnerabilidades não nos torna fracos; pelo contrário, nos lembra que somos humanos.

Quantas vezes já ouvimos alguém dizer “achei que só eu sentia isso”?

E naquele instante, o peso que antes era individual se divide, e a solidão dá lugar à empatia.

Jesus também viveu isso. Quando estava no Getsêmani, chamou os discípulos para velar com Ele. Queria companhia na hora da aflição. Mesmo sendo o Mestre, buscou o conforto de estar junto.

Isso mostra que pedir apoio não diminui ninguém, é um caminho de coragem e verdade.

Quando partilhamos nossa dor, abrimos espaço para que a esperança circule.

E quando ouvimos a dor do outro, descobrimos que também temos dentro de nós algo capaz de curar.

A vulnerabilidade não nos expõe ao ridículo, mas nos aproxima, de nós mesmos, dos outros e de Deus.