04.08.25

Nem todas as batalhas são visíveis. Muitas vezes, aqueles que estão ao nosso lado travam lutas silenciosas, profundas, que escapam aos olhos, mas gritam na alma. E, diante disso, o melhor que podemos oferecer é a delicadeza do silêncio respeitoso — aquele que não julga, não interroga, não apressa. Façamos silêncio para as lutas pessoais dos que vivem à nossa volta. Em vez de palavras apressadas ou conselhos vazios, estendamos nossa solidariedade com um olhar acolhedor, um gesto gentil, uma presença que transmite paz. Que nossos lábios não sejam instrumentos de censura, e que nossa atitude jamais reflita indiferença. Em um mundo apressado, onde todos querem ser ouvidos, poucos se dispõem a ouvir de verdade — não apenas os desabafos ditos, mas também os silêncios carregados de dor. A verdadeira empatia nasce quando conseguimos colocar de lado nossas certezas para acolher a fragilidade do outro, sem necessidade de compreender tudo, apenas estando ali, com o coração aberto. Cada ser humano é um universo em processo, uma história que ainda está sendo escrita. Por isso, sejamos abrigo e não tormenta. Estejamos disponíveis, ainda que em silêncio, e que nossa presença seja bálsamo, não peso. Respeitar a dor alheia é um ato de amor. E amar, no sentido mais profundo, é saber que às vezes o melhor que podemos fazer... é simplesmente não ferir.

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03.08.25