06.08.25

Muitas vezes, ao nos depararmos com atos de maldade, sentimos a tendência de rotular quem os comete como essencialmente mau, como se aquela atitude definisse por completo o ser humano. No entanto, essa visão é limitada e nos impede de enxergar algo muito mais profundo: a maldade não é uma condição eterna da alma, mas sim um reflexo passageiro da ignorância, do medo, da dor ou da imaturidade espiritual. Todo ser humano está em processo de aprendizado e evolução. Assim como uma criança ainda não sabe as consequências de seus atos, o espírito em estágio menos desenvolvido também comete erros, muitas vezes ferindo a si e aos outros. Isso não significa que ele seja irremediavelmente mal, mas que ainda não alcançou a luz do discernimento, da empatia e do amor. A imperfeição é como uma névoa que encobre a essência divina que habita cada ser. Com o tempo, com as experiências, com o sofrimento e o despertar da consciência, essa névoa vai se dissipando. A bondade, então, que sempre esteve ali, começa a florescer. Por isso, ao observar a maldade no mundo — ou mesmo em nós — é importante lembrar que ela é sintoma de um desequilíbrio temporário, não uma sentença definitiva. Cada alma tem seu tempo de amadurecimento, e o caminho da regeneração é sempre possível. Mais do que julgar, somos convidados a compreender. E mais do que punir, somos chamados a amar — pois o amor é o único caminho capaz de transformar a imperfeição em luz.

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05.08.25