Diário Espiritual
Às vezes, a gente confunde perdão com reconciliação, com apagar o que aconteceu ou até mesmo tirar a culpa de quem nos feriu. Mas perdão não é isso. Não é esquecer. Não é fingir. Não é se forçar a gostar de quem nos machucou.
Perdoar é um movimento interno. É quando você se dá conta de que está segurando uma corda machucando sua própria mão, sangrando... e mesmo assim continua reclamando da dor como se ela fosse responsabilidade do outro. E é aí que algo muda: você entende que só você pode soltar.
Perdoar é isso. Soltar o que pesa. Tirar de dentro aquilo que te prende, que consome sua energia, que faz com que você reviva a ferida todos os dias.
Não é sobre aliviar o outro. É sobre aliviar você.
Não é sobre negar a dor, mas sobre escolher não carregá-la mais.
Você não precisa do arrependimento do outro para se curar. Você só precisa da sua decisão de não se ferir duas vezes, uma pelo que aconteceu, outra por manter isso vivo dentro de si.
Perdoar não é desculpar. É deixar de sangrar por algo que já deveria ter cicatrizado.