Diário Espiritual
É um lembrete direto, quase desconfortável, mas profundamente transformador.
Porque é fácil amar quem nos ama. Difícil é não permitir que o ódio dos outros contamine aquilo que cultivamos dentro de nós. Difícil é manter o coração limpo quando o mundo joga lama.
Mas é justamente aí que está a diferença. O que nos eleva espiritualmente não é retribuir ofensas com ofensas, ou nos igualar à violência emocional de quem fere. O que nos eleva é a escolha consciente de não perpetuar o ciclo. De não permitir que o outro defina quem a gente se torna.
Não se trata de fingir que não dói. Dói. Mas ao invés de devolver na mesma moeda, a proposta é outra: respirar fundo, se afastar se for preciso, mas seguir com dignidade. Seguir com consciência.
Se a dor nos ensinar mais compaixão, se o ataque nos ensinar mais autocuidado, se o desprezo nos ensinar mais firmeza... então a lição foi aprendida. E crescemos.
Não é sobre ser melhor que o outro. É sobre não deixar de ser você.