Diário Espiritual

A intenção nem sempre é ruim, muitas vezes vem do medo, da carência, do desejo de manter por perto. Mas, aos poucos, você percebe que começou a confundir cuidado com controle, presença com posse, amor com dependência.

E quando surge o desejo de algo mais seu, uma vida com mais verdade, mais espaço, mais sentido, vem junto uma culpa silenciosa. A sensação de estar traindo alguém que te ama. A dúvida: será que tenho esse direito?

Do ponto de vista espiritual, a resposta é clara: tem sim.

Tem o direito de se tornar quem veio pra ser. Tem o direito de crescer, de mudar, de escolher um novo caminho, mesmo que isso desagrade ou confunda quem você ama. Porque amor de verdade não aprisiona. Ele liberta.

Na caminhada espiritual, aprendemos que honrar as relações não é se anular por elas. É respeitar os próprios limites, cultivar a autonomia e agir com amor, inclusive consigo mesmo. É possível seguir em paz, mesmo quando o outro não entende. É possível se afastar de padrões que ferem sem deixar de desejar o bem.

A liberdade não é ausência de vínculo. É a consciência de que vínculos verdadeiros sobrevivem até mesmo quando você muda.

E às vezes, a cura de uma relação acontece quando você tem coragem de se tornar inteiro, sem medo de decepcionar quem esperava apenas uma parte de você.

Liberdade também é amor. E cuidar de si é uma das formas mais profundas de evoluir espiritualmente.

Luh Oliveira

Luh Oliveira, escritora, estrategista de marketing e produtora de conteúdo. Apaixonada por espiritualidade e desenvolvimento pessoal, une sua experiência em pesquisa científica, comunicação e reprogramação mental para inspirar transformação.

Anterior
Anterior

Diário Espiritual

Próximo
Próximo

Diário Espiritual