Diário Espiritual
Tem um momento, quase imperceptível, em que algo dentro da gente vira a chave. Você não sabe explicar exatamente o porquê, mas começa a ver tudo com outros olhos. O que antes era um problema insuportável, agora parece um convite à transformação. Aquela dor antiga, de repente, vira ponte. E até o cotidiano, com suas contas e repetições, começa a ter um certo brilho.
Isso, pra mim, é o despertar. Não é sobre fugir do mundo, é sobre estar nele com mais consciência. Não é negar o boleto, o trabalho, os desafios… mas entender que nada disso define quem você é por dentro.
Que existe algo maior sustentando tudo. E que, quando você muda o jeito de olhar, o mundo inteiro muda de forma.
Não porque as circunstâncias ficaram perfeitas. Mas porque você já não está mais à mercê delas. Você vê além. E isso não é ignorância, é maturidade espiritual.
A espiritualidade, quando é real, te entrega uma paz que não depende das respostas lá fora. Ela te devolve pra si.
E a partir daí, tudo muda… sem precisar mudar tudo.
Às vezes, o maior sinal de despertar é enxergar beleza até onde antes só havia cansaço.