Diário Espiritual
As guerras, as doenças, as injustiças… tudo parece tão fora do nosso alcance, que é fácil acreditar que estamos impotentes. Mas não estamos. Mesmo que eu não possa mudar os fatos com as minhas mãos, posso oferecer algo invisível, mas poderoso: a vibração que escolho alimentar.
Nos dias de hoje, em que tudo parece pesado e caótico, percebo como é perigoso me deixar consumir só pela dor que a mídia mostra. O excesso de notícias negativas não me torna mais consciente, me paralisa. E pior: me conecta a correntes de desespero que nada constroem.
É nesse ponto que lembro: oração também é ação. A espiritualidade precisa de pontos de luz entre os encarnados para agir. Cada vez que escolho orar em vez de apenas lamentar ou me revoltar, colaboro de forma real com aquilo que não vejo, mas que sei que existe.
Ser responsável espiritualmente é compreender que o mundo não muda só com grandes gestos públicos. A transformação começa na constância dos pequenos movimentos de amor, feitos em silêncio. É quando escolho não devolver agressão, quando escuto com paciência, quando ofereço uma palavra serena, tudo isso vibra, tudo isso alcança alguém.
Talvez essa seja a grande lição: eu não controlo os fatos, mas controlo o que vibro. E o que vibro pode ser o remédio invisível que outra alma precisa.
Entre caos e silêncio, eu escolho ser vibração de paz.