Diário Espiritual

Sorrir para o mundo como se isso fosse suficiente para convencer também a si mesmo? A gente acha que engana, mas a alma sabe. E o corpo também sabe: o que não é visto, mais cedo ou mais tarde, aparece em forma de sintoma.

É comum forçar o riso na frente da família, dizer “tá tudo bem” para os amigos, seguir trabalhando como se nada tivesse acontecido. Mas por dentro, há uma parte que continua sangrando. Ignorar não faz a dor sumir. É como andar com um ferimento aberto fingindo que não existe. O sangue não para porque você decide não olhar. Pelo contrário, a ferida se aprofunda.

E, ainda assim, não é fácil admitir. Porque assumir que dói nos parece fraqueza. Parece que vamos decepcionar quem espera força da gente. Mas não: assumir que dói não é falhar. É apenas ser humano. E ser humano significa reconhecer limites.

É aí que a espiritualidade toca fundo: Deus nunca pediu que a gente fingisse não sofrer. Ele não exige máscaras. O que Ele espera é a verdade, mesmo que seja a verdade das lágrimas. Porque é só no lugar em que nos permitimos ser reais que a graça encontra espaço para agir.

A dor não define quem você é, mas mostra onde precisa de cuidado. E o cuidado começa quando damos nome à ferida, quando paramos de lutar contra ela e aceitamos o convite para a cura. É um processo, às vezes lento, mas sempre possível.

Talvez você ainda não saiba como curar. Mas já é cura o simples fato de parar de esconder.

Força não é fingir que não dói. É olhar para a dor com coragem, sabendo que Deus caminha dentro dela com você.

Luh Oliveira

Luh Oliveira, escritora, estrategista de marketing e produtora de conteúdo. Apaixonada por espiritualidade e desenvolvimento pessoal, une sua experiência em pesquisa científica, comunicação e reprogramação mental para inspirar transformação.

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