Diário Espiritual
O jeito como respondo a uma mensagem. O silêncio que decido fazer. A pressa ou a calma com que trato alguém. Coisas simples, mas que podem levantar ou ferir, aproximar ou afastar.
E é aí que eu lembro: eu não controlo tudo. Não consigo impedir as perdas, as dificuldades, as injustiças da vida. Mas sempre tenho nas mãos a forma como vou responder. Essa liberdade às vezes assusta, às vezes consola.
Eu já errei tantas vezes… e sei que vou errar de novo. Mas percebo que Deus nunca me tira a chance de recomeçar. Ele não decide no meu lugar, mas caminha comigo dentro de cada decisão. É como se dissesse em silêncio: “você pode escolher de novo, e eu vou estar aqui”.
No fim, cada escolha é como uma semente. Algumas florescem rápido, outras levam tempo. Mas todas revelam o que foi plantado. Quando escolho com amor, mesmo machucada, mesmo cansada, é aí que sinto um pouco de paz.
E talvez seja isso: a vida não se resume ao que acontece comigo, mas ao que eu faço com o que acontece. Entre o medo e a confiança, ainda há espaço para escolher.
O rumo da vida nasce das escolhas silenciosas que cabem às nossas mãos.