Diário Espiritual
Se quem define o seu estado interno é o outro, então você é escravo dele. Forte, né?
Mas é um chamado necessário. Porque muitas vezes entregamos, sem perceber, a chave do nosso bem-estar nas mãos de quem nos fere, nos ignora, nos decepciona. E, assim, permitimos que a dor do outro dite o ritmo da nossa paz.
Não, isso não é liberdade emocional. Isso é dependência afetiva disfarçada de sensibilidade. A tristeza, a mágoa, a frustração, elas existem, são legítimas. Mas quando se tornam reações automáticas ao que o outro faz ou deixa de fazer, é sinal de que algo dentro de nós precisa de atenção.
A verdade é que ninguém nos deixa tristes. A tristeza pode surgir, sim, mas a forma como ela cresce ou se acomoda dentro de nós depende do espaço que damos. Depende da história que contamos pra nós mesmos.
Hoje, a proposta é essa: observe suas emoções com mais clareza. Questione seus gatilhos. Trate o que precisa ser tratado. Fortaleça o seu centro.
Porque quando o outro deixa de ser senhor do seu estado interno, você reencontra a liberdade de ser quem é, com mais verdade e menos reatividade.