05.10.25
Tudo na vida é movimento. As estações mudam, os corpos envelhecem, os caminhos se transformam, e até os sentimentos se renovam. Quando tentamos segurar o que está destinado a passar, sofremos. Mas quando aprendemos a soltar, algo dentro de nós se expande — e o coração desperta para o essencial.
O desapego não é indiferença, é sabedoria. É compreender que nada realmente nos pertence, apenas nos é confiado por um tempo. Pessoas, lugares, bens e até papéis que exercemos na vida são experiências sagradas que vêm para nos ensinar e depois seguir adiante.
Ao nos desapegarmos do que é transitório, criamos espaço interior para o que é eterno: a paz, o amor, a compaixão, a fé e a consciência do divino que habita em nós. É nesse espaço silencioso que o espírito floresce, livre das correntes da ilusão e do medo da perda.
Desapegar-se é, em essência, confiar. É permitir que a vida siga seu curso natural, sabendo que tudo o que é verdadeiro permanece — ainda que mude de forma.
E quanto mais aprendemos a soltar, mais nos aproximamos da leveza do espírito, onde mora a plenitude.