08.08.25

A vida dança no compasso daquilo que emanamos. Nossas palavras, gestos e silêncios são sementes que o tempo se encarrega de plantar nos jardins alheios. E, como todo jardim, o retorno virá na forma de flores ou espinhos, conforme o cuidado que oferecemos. Dar o melhor de si é mais do que uma escolha: é um ato de criação. É moldar, com delicadeza, o cenário por onde caminharemos amanhã. Quando oferecemos compreensão, abrimos portas invisíveis no coração do outro; quando espalhamos respeito, tecemos pontes que sustentam encontros verdadeiros. O retorno nunca é imediato, mas é certo. Assim como as chuvas encontram o mar e as aves retornam ao ninho, o que plantamos nos encontra de volta — transformado, multiplicado, às vezes em formas que nem imaginávamos. Por isso, ao invés de esperar que o mundo nos trate com bondade, sejamos nós a fonte dessa bondade. Ao invés de exigir que nos deem o melhor, sejamos o próprio exemplo do melhor. Assim, a vida deixa de ser um campo de incertezas e se torna um espelho luminoso do que ousamos oferecer.

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07.08.25