Diário Espiritual
Você acorda e sente aquele peso. Nada aconteceu de tão grave, mas algo dentro de você parece ter desligado. A alegria não vem. A fé parece longe. E até o que antes dava sentido agora parece inútil ou exagerado.
E então vem a pergunta silenciosa:
“Será que sou eu o problema?”
A resposta é: não, não é você.
É só o desânimo, esse visitante insistente que aparece até mesmo nas almas mais espirituais.
A boa notícia é que ele não é sinal de fraqueza.
É sinal de humanidade.
Jesus também se retirava para orar. Também sentia angústia. Também precisou de silêncio, de cuidado, de tempo.
Ele sabia que até o espírito mais luminoso precisa reconhecer seus limites.
Talvez hoje você não consiga fazer tudo o que gostaria.
Mas se conseguir se escutar… respirar fundo… pedir ajuda… já é muito.
Desânimo não se combate com culpa.
Se cuida com compaixão.
Então, se hoje estiver difícil, repouse um pouco na fé.
Deus não exige que você brilhe o tempo todo.
Ele só te pede uma coisa: não se abandone.
Mesmo que não tenha forças para fazer muito, continue presente em você.
Isso é oração.
Às vezes, a fé é só continuar mesmo sem entender.