Diário Espiritual
O peso da culpa pode ser silencioso, mas profundo. Ele se esconde em pensamentos repetitivos, em decisões que evitamos, em sonhos que adiamos por achar que não merecemos mais tentar. Às vezes, é ele que nos impede de seguir, não o erro em si, mas a dureza com que nos tratamos depois.
Perdoar-se é reconhecer que o passado não pode ser mudado, mas que ele pode ser compreendido. É olhar para trás com olhos mais gentis, entendendo que fizemos o melhor que podíamos com o que sabíamos na época. E que agora, com mais consciência, podemos fazer diferente.
Não se trata de esquecer o que passou, mas de ressignificar. Quando acolhemos nossas falhas como parte do processo de crescer, abrimos espaço para o amor próprio florescer. E é esse amor que nos devolve a leveza de recomeçar.
Perdoar a si mesmo é um ato de coragem. E um passo necessário para seguir em paz.