Diário Espiritual
Tem dias em que o silêncio pesa. Outros em que as palavras sobem até a garganta, mas a gente não sabe bem como dizer.
Convivência é assim. Mesmo com amor, mesmo com carinho… há ruídos, atritos, pequenos incômodos que vão se acumulando em silêncio.
E aí surge o dilema: devo falar? Ou é só algo meu?
A verdade é que nem tudo precisa ser dito mas nem tudo deve ser engolido também. É preciso escutar o incômodo com sinceridade.
Às vezes, ele fala mais sobre você do que sobre o outro. Outras vezes, ele é só um alerta de que algo precisa ser ajustado, com delicadeza, não com acusação.
Na vida espiritual, aprendemos que expressar o que sentimos não é falta de evolução. É parte do processo.
O que importa é como dizemos. Falar com respeito, com escuta ativa, com a intenção de construir e não de vencer uma discussão. Falar não pra controlar o outro, mas pra não se perder de si mesma.
Nem todo incômodo é motivo de conflito. Mas todo incômodo é um convite à consciência. E às vezes, só de olhar pra ele com verdade… algo já começa a se harmonizar.