Diário Espiritual
Calma não acontece do nada. Calma é consequência. Pense assim: se você entra em um ambiente todo bagunçado, sujo, fora do lugar, o corpo reage. Vem uma inquietação, uma agonia. Mas se você entra em um lugar limpo, organizado, silencioso… algo em você repousa. A mente se aquieta.
Com os pensamentos, é igual. Se estão bagunçados, se tudo está acumulado, misturado, sem filtro, fica difícil respirar por dentro.
Calma vem da organização interna. E essa organização não nasce de um milagre, mas de um hábito. Um hábito de observar, de questionar, de não acreditar em tudo que se pensa. É um exercício diário, quase invisível, de autocorreção gentil.
Pergunte-se com amor: Isso que estou pensando depende de mim? Eu posso resolver isso agora? Esse é o momento certo pra pensar nisso?
Se a resposta for não, redirecione com carinho. Se dê uma bronca leve, como faria com um amigo querido. Não pra se punir. Mas pra se proteger.
O cérebro é programado pra economizar energia. Ele automatiza tudo. Se você sempre se entrega ao excesso de preocupação, ele entende que esse é o caminho. Mas se você começa a mostrar que vai questionar, refletir e reprogramar… ele aprende.
E com o tempo, o caos diminui. E no lugar dele, começa a nascer espaço.
Calma é quando a alma encontra um canto limpo pra descansar. E isso, a gente constrói com presença e gentileza.