Diário Espiritual
Julgar é quase um reflexo automático. A gente vê, ouve, sente, e já forma uma opinião. Vivemos cercados por manchetes, comentários, vídeos e conclusões prontas. E mesmo quando sabemos que não deveríamos, o julgamento escapa. Não porque somos ruins, mas porque somos humanos tentando organizar um mundo caótico.
Mas tem algo bonito que acontece quando a gente para. Quando, em vez de seguir a tendência, a gente respira e se pergunta: Por que isso me incomodou tanto? O que eu projetaria nessa pessoa se ela fosse meu irmão, meu amigo, meu eu de ontem?
O julgamento, então, deixa de ser um muro e vira uma ponte. Um caminho para dentro. Uma chance de olhar nossas próprias sombras com mais carinho. E, mais do que isso, uma chance de olhar o outro com mais empatia.
Nem sempre a mente e o coração andam no mesmo ritmo. Mas quando escolhemos a lucidez e o afeto, mesmo no meio do ruído, algo muda. A gente deixa de apontar o dedo e começa a estender a mão.
O julgamento é humano. Mas a escolha de usá-lo como espelho… é um passo de alma desperta.