Diário Espiritual
Durante muito tempo, confundimos silêncio com solidão… e solidão com falta.
Mas a verdade é que há uma diferença imensa entre estar só e estar vazio.
Estar só pode ser o momento mais fértil da alma.
É quando o mundo silencia e a nossa voz volta a ser ouvida.
É quando o coração, antes abafado por mil demandas, finalmente sussurra:
“Estou aqui… ainda sou eu.”
Na espiritualidade, a solitude não é ausência de companhia.
É presença profunda de si e de Deus.
Foi no deserto que tantos mestres se encontraram.
Foi na caverna que Elias ouviu o sussurro do Eterno.
Foi sozinho que Jesus orou antes da cruz.
Não é à toa.
O estar só, quando consciente, limpa o terreno.
Mostra o que é ruído e o que é verdade.
E, às vezes, o maior presente que a vida nos dá é uma pausa forçada…
Para que, no silêncio, a alma respire de novo.
Você não está vazio. Está em processo de escuta.
E essa escuta pode ser o início de algo profundamente verdadeiro.