Diário Espiritual
Receber amor, atenção, validação… é bom. É gostoso. Todos nós apreciamos. Mas depender disso é que nos aprisiona. Porque o que vem do outro está sempre fora do nosso controle. E tudo o que está fora do nosso controle, quando vira necessidade, se torna fonte de angústia.
Se eu preciso da aprovação do outro pra me sentir em paz, então eu entreguei minha paz na mão de alguém. Se eu preciso que o outro me ouça, me elogie, me admire, para acreditar no meu valor, então eu nunca estarei inteiro.
A busca por reconhecimento externo é uma busca vazia, não porque o outro não tenha valor, mas porque nada que vem de fora pode preencher um vazio que nasce dentro.
Quando eu me amo, eu posso apreciar o amor que vem, mas não dependo dele. Eu posso ouvir um elogio, mas ele não define quem eu sou. Eu posso receber um não, e ainda assim continuar me respeitando.
O amor próprio não é arrogância. É raiz. Quando ele está firme, tudo o que vem de fora vira flor, nunca muleta.