Diário Espiritual
Uma diz que é capaz.
Outra grita que está perdendo tempo.
Uma sussurra que oportunidades estão chegando…
A outra berra que o certo seria garantir mais dinheiro...
E, no meio de tudo isso, surgem a culpa, a dúvida, o medo.
Parece que, não importa o quanto se avance, sempre tem um pensamento puxando de volta.
Como se tudo o que foi construído até aqui fosse “besteira”.
Como se o chamado por algo maior não fosse válido.
Mas a verdade é que a autossabotagem nunca aparece com cara de inimiga.
Ela se disfarça de prudência, de bom senso, de “realidade”.
E quando parece que é muita coisa importante ao mesmo tempo, geralmente é mesmo.
É sinal de transição.
E toda transição é confusa antes de ser clara.
A espiritualidade ensina que a dúvida não é sinal de fraqueza, é sinal de consciência.
Só quem está tentando mudar é que escuta esse barulho todo.
Por isso, vale lembrar: não é preciso resolver tudo de uma vez.
Não é fraqueza ter dias de confusão.
É apenas o ego tentando manter o controle, enquanto a alma quer liberdade.
Silenciar um pouco por dentro pode ser o primeiro passo para lembrar quem se é.